terça-feira, 27 de outubro de 2015

Cadê a estrada do Vale do Catimbau, Governador?


PLEN261015Vocês sabiam que Pernambuco tem as suas sete maravilhas? A eleição foi feita por meio de uma parceria entre o Sistema Jornal do Commercio e a Empetur, já há alguns anos. E entre Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Cachoeiras de Bonito, e outras, está o Vale do Catimbau, na nossa cidade de Buíque. Falo nossa porque também sou cidadão buiquense. E não apenas como cidadão buiquense que venho a esta tribuna na tarde de hoje. Venho como pernambucano e como deputado estadual que sou, representante do povo de Pernambuco. E vou cobrar, mais uma vez, o que foi prometido pelo Governo do Estado e não fui cumprido.
Ontem o Jornal do Commercio publicou uma reportagem muito boa sobre as trilhas do Vale do Catimbau. E, realmente: é um lugar que deve ser conhecido e visitado. É de uma beleza impressionante, formado por serras, vales e rochas sedimentares. São 90 mil hectares de encher os olhos de qualquer um. Mas é vítima de um grande mal: o descaso do Governo do Estado.
Não é de hoje, senhoras e senhores, que cobro a obra da estrada do Catimbau. Na época da campanha, no ano passado, tava cheio de gente lá, trabalhando. Depois que passou a eleição, o serviço parou. E a consequência disso é que tudo que foi feito à época já não serve mais, precisa ser feito novamente. Os tubos que fariam a drenagem já estão destruídos. A terraplenagem já se acabou, não resistiu à ação do tempo. O que isso significa? Que era uma obra eleitoreira, infelizmente. Que por conta disso, a obra vai ter que começar do zero de novo. Que o povo de Pernambuco paga duas vezes pelo mesmo serviço por uma total e completa falta de planejamento dos recursos públicos por parte do Executivo.
Já falamos várias vezes com o secretário Felipe Carreras sobre a importância do Vale do Catimbau, mas ali é só promessa. Como é que pode uma coisa dessas? Um local, escolhido com uma das sete maravilhas de Pernambuco, por meio de uma campanha feita em parceria com a própria Secretaria do Governo, negligenciado dessa forma pelo Estado?
Enquanto isso, toda uma região perde. Perde porque se o acesso fosse bom, haveria mais turistas. Se há mais turistas, consequentemente há movimentação econômica. Artesãos, empresários, comerciantes formais e informais. Todos perdem. Perde o Estado, que poderia vender esse destino como o que ele realmente é: uma das maravilhas que temos aqui. Perde o povo, que tem que pagar pela má gestão das finanças do Estado. É, de fato, lamentável a falta de visão dos nossos gestores do Executivo.
Então, fica aqui o nosso apelo, novamente, para que seja feita a estrada que dá acesso ao Catimbau. Para que nosso Estado não seja bom apenas na propaganda. Para que as coisas sejam feitas com começo, meio e fim. Como ter que ser.

Publicado em 

http://juliocavalcanti.com.br/2015/10/26/cade-a-estrada-do-vale-do-catimbau-governador/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A energia que vem do Vale

Além dos cenários encantadores e da profunda paz do lugar, muitos procuram o Vale do Catimbau, em Pernambuco, movidos por sua aura mística

A apenas 289 quilômetros do Recife, o parque é um paraíso selvagem / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

A apenas 289 quilômetros do Recife, o parque é um paraíso selvagem

Foto: Diego Nigro/JC Imagem

O relógio marca meio-dia. O Sol do Sertão pernambucano não dá trégua no mês mais seco da região logo após um farto almoço. Mas não há desconforto, pelo contrário: as sensações não poderiam ser mais positivas. Paz, plenitude e gratidão. Do topo da formação rochosa mais elevada do Santuário, trilha aberta pelo indígena João Ferreira da Silva, 45, há pouco menos de dois anos no Parque Nacional do Catimbau, em Buíque, o nativo se deita sob o céu de nuvens escassas, medita e adormece. Minutos antes, havia explicado que "Catimbau" significa, em tupi, "cachimbo velho e pequeno apagado", "lugar de cobras" e "práticas de feitiçaria".
João é um dos 12 profissionais locais capacitados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após a criação do parque, em 2002, para exercer a função de guia turístico. Ele conta que, apesar de trabalhar com pessoas de todo o mundo, o fluxo de visitas à reserva ecológica de 62.300 hectares ainda é bastante limitado. "O Catimbau é um lugar mágico. Gostaria que todos tivessem a oportunidade de conhecer, mas não existe divulgação. A maioria dos pernambucanos nem sabe que o parque existe", lamenta.
A apenas 289 quilômetros do Recife – ou cerca de três horas de carro –, o Vale do Catimbau, como é popularmente chamado, é um paraíso selvagem. A maioria dos turistas visita o local em busca do misticismo incrustado em sua história e da contemplação da natureza, marcada pela grande variedade de formações geológicas e pela rica vegetação da Caatinga.
Durante pouco mais de cinco anos, o psicólogo e professor da prática budista tibetana Barthô Nigro, 51, explorou as belezas naturais do lugar e levou pessoas para conhecer a “magia” tão mencionada quando o assunto é o Vale. "O encantamento não está ligado a uma religião específica. Faz parte de uma procura da pessoa que vive na cidade pela transcendência. Na minha concepção, é a busca pelo enriquecimento do imaginário", opina. "Nos centros urbanos, a mitologia foi estrangulada por necessidade de sobrevivência. Há a escassez da natureza e, por consequência, de suas lendas", explica. "É por isso que a pessoa urbana recorre a esses paraísos encantados para que possam abastecer a alma de visões e histórias milenares ligadas à essência humana", afirma o psicólogo.
O aspecto místico entranhado na própria geografia do local, por si só, já é capaz de promover o encantamento apontado por Barthô Nigro. No Vale do Catimbau, as coloridas montanhas formadas por rochas sedimentares dão forma a um cão deitado de cabeça erguida na Pedra do Cachorro, à cabeça de um elefante no Morro do Elefante, a um templo religioso na Igrejinha, entre tantas outras formações curiosas. O Parque Nacional do Catimbau possui mais de dez trilhas e cerca de 80 grutas, além de cemitérios pré-históricos e pontos de inscrições rupestres datadas de aproximadamente 6 mil anos.
"Eu, nascido e criado aqui, não posso dizer que conheço o Vale por completo. Ainda há muitas áreas inexploradas", admite João Ferreira. Além de Buíque, o parque abrange os municípios de Ibimirim e Sertânia, também no Sertão, e Tupanatinga, no Agreste. Segundo o guia turístico, a população daquelas outras três cidades não povoou o Catimbau como os buiquenses. "Mas a reserva inteira é linda. Não existe um ponto mais belo que outro", acrescenta.
"Além da beleza cênica das paisagens", ressalta Barthô Nigro, "existem várias trilhas e pontos de paradas, hoje, onde havia aldeias indígenas. O legado cultural dos antigos habitantes permanece no parque e algumas lendas ajudam a tornar o Catimbau ainda mais místico. A população local também incorpora as histórias, preservando essa herança", conta o professor.
João Ferreira reforça a teoria de Nigro. Em seus passeios com os visitantes, o guia costuma narrar as diversas fábulas do Vale. Há, por exemplo, o mito do fogo corredor - o mais popular do Catimbau. Conta-se que, à noite, duas bolas em chamas passeiam pelas montanhas mais altas do parque. "Eu mesmo já vi várias vezes. Diz a lenda que é um feitiço jogado sobre dois amantes, um compadre e uma comadre. Eles foram castigados pela traição e se transformaram nesse fogo. Até hoje, perambulam juntos pelo parque em busca da saída", conta.
"Eu, particularmente, falo com os mestres caboclos que habitaram o Vale. Converso com eles em meus sonhos. Além disso, já vi pessoas sensíveis entrarem em contato com esses espíritos no momento em que faziam as trilhas. Não tem como explicar. Aqui, existe uma energia sobrenatural", certifica João Ferreira da Silva.

GALERIA DE IMAGENS

O Parque Nacional do Catimbau foi criado pelo Ibama em 2002
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SADABI, 'MEU REI'
Um dos homens mais misteriosos e emblemáticos da região viveu num território dentro do Parque Nacional do Catimbau, na Vila dos Breus, onde está localizada a Fazenda Porto Seguro. Na residência de cinco andares, em que morou por mais de 40 anos, pode-se encontrar o túmulo do autoproclamado profeta – da "linhagem direta de Deus", Israel Sadabi ou Meu Rei.
Viva, a figura carismática de origem incerta atraiu mais de 30 famílias para morar em sua propriedade. Ele chegou a criar uma moeda própria, o Talento. A foto do rosto ancião estamparia as cédulas que não chegaram a ser implantadas antes da morte. Meu Rei defendia, ainda, que as águas que brotavam das cisternas construídas por ele tinham poder de cura. Pessoas de todo o Nordeste se deslocaram para a fazenda, na época, na esperança de se desfazerem de suas mazelas. Depois de falecer, Sadabi deixou um vazio tão grande na Vila dos Breus, que a maioria dos moradores foi embora. Hoje, restam apenas cinco famílias, que vivem para preservar a história do velho mestre.
Sua presença está viva na pequena praça, onde seu busto foi construído em vida, e em cada cômodo da casa onde viveu e morreu. Na mesa em que costumava fazer anotações psicografadas, seu chapéu ainda descansa, intacto. Tudo limpo e organizado com zelo. Dona Carminha, responsável pelos cuidados do imóvel, se emociona só em falar o nome do homem a quem dedicou e ainda dedica seus dias. "Ele foi muito importante para muitas pessoas", conta. "Foi e ainda é", corrige-se imediatamente.

CAMPANHA
Em um de seus sonhos reveladores, o guia João Ferreira foi encarregado de tornar as trilhas ecológicas do Vale do Catimbau acessíveis para portadores de deficiências. Para ele, não faz sentido algum existir um paraíso que não pode ser visitado pelas pessoas que mais saberiam aproveitá-lo. "Se eu, um homem saudável fisicamente, tenho o direito de estar no parque e curar minha alma, por que um cadeirante, por exemplo, não poderia? Ele, na verdade, deveria ter mais direito de vir aqui do que eu", defende.
"Apesar de tentar, nunca consegui recursos financeiros, então, tiro do meu próprio bolso. É uma missão que me foi dada. Já consegui levar duas portadoras de deficiência para conhecer o Vale", diz. Para ajudar João, o leitor pode entrar em contato com o guia pelo número: (87) 99994-4495.

domingo, 25 de outubro de 2015

GREVE NOS BANCOS DEVE TERMINAR AMANHÃ

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ9qcfMg7c_qkI7QtyVjpno5FUXAubdPi543JLhWOQMhCM2qpKvBf9mNDka8D-M9zruYA4LL2f40ZXHQMqA5gOIhSVqror2R598Q8jlupQuNarLQ9PWEI8104SUnXDl9-W3LbBLKhMIn3U/s400/

A greve dos bancários, que fechou temporariamente agências por todo o país, pode terminar nesta segunda-feira. Neste caso os trabalhadores podem retornar as suas atividades na terça.

Em Garanhuns a paralisação tem causado aborrecimentos a muitas pessoas, pois nem tudo pode ser realizado nos caixas eletrônicos e quem vai à Caixa Econômica ou Banco do Brasil, principalmente, termina ficando decepcionado porque não encontra funcionários no atendimento.

A Federação Nacional dos Bancos ofereceu aos bancários um reajuste de 10%, o que significa um ganho real de 0,11%, além de aumento de 14% nos vales refeição ou alimentação.

A proposta foi considerada interessante pelo Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria no país. Os líderes grevistas vão recomendar que os trabalhadores aceitem o reajuste, na Assembleia que será realizada nesta segunda-feira à noite.




Caso a greve realmente acabe será um alívio para muita gente. Melhor ainda se os bancários conseguirem ganhos após a paralisação das atividades.

*Foto: Agência da Caixa Econômica no centro de Garanhuns. Reproduzida do Jornal Crer.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A EMABS comemora o dia das crianças no melhor estilo.














Na manhã desta quarta-feira (14/10) A Escola Antônio de Barros Sampaio comemora o dia das crianças no melhor estilo, com tudo que a criança tem direito: diversões, bolo, pipoca e algodão doce e etc. A direção da escola e os professores se empenharam bastante para proporcionar aos alunos uma manhã de plena alegria.