O número de pessoas que participaram dos protestos em 160 cidades do País e do exterior foi bem superior aos estimado pelos organizadores das manifestações. Os atos que lotaram, neste domingo (15), algumas das principais vias de 26 capitais e do DF, organizados pélas redes sociais, e mais de 130 localidades dentro e fora do Brasil, somaram, de acordo com a Polícia Militar, ao menos 1,6 milhão de pessoas.
Em Sâo Paulo eram estimados, por exemplo, 110 mil manifestantes, que confirmaram presença pelas redes sociais no protesto na avenida Paulista. Mas, contablizou a PM, havia cerca de um milhão de pessoas protestando contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, em meio à fraqueza da economia e inflação elevada, na maior de uma série de manifestações populares em diversas cidades de todo Brasil.
O instituto Datafolha, no entanto, registrou um número bem menor de manifestantes na Paulista: 210 mil. Mesmo assim, esse total é o dobro do que que era esperado. O número é referente ao total de manifestantes diferentes que participaram em algum momento do protesto. No pico da manifestação, segundo o Datafolha, por volta das 16 horas, havia 188 mil pessoas.
Às 15h40, a Polícia Militar havia informado que já havia um milhão de manifestantes na Avenida Paulista e adjacências protestando contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo a PM, o cálculo levou em conta a informação de que, no Metrô, a cada dois minutos chegavam 4 mil pessoas para o protesto na região no meio da tarde. A PM não voltou a atualizar esse número e informar por twitter que às 15:50, que o número de manifestantes não seria atualizado porque o helicóptero Águia que estava nessa contagem foi deslocado para apoiar ocorrência de roubo de um caixa forte com refém na capital paulista.
A chuva que caiu em alguns pontos da Avenida Paulista não foi suficiente para dispersar as pessoas, muitas delas munidas de cartazes com dizeres contra a presidente e contra seu partido, o PT. Dezenas de manifestantes na Paulistas também exibiam faixas pedindo a volta da ditadura militar. Alguns deles levaram fotos de presidentes do regime.
No interior do Estado, houve manifestações em 55 cidades. Campinas reuniu ao menos 25 mil pessoas no protesto. Ribeirão Preto contabilzou 40 mil manifestantes. Em Sorocaba, havia 35 mil pessoas no protesto contra o governo. Em Santos, o ato reuniu 10 mil pessoas.
O ato foi convocado pelos redes sociais pelos grupos Vem Pra Rua, Revoltados ON LINE e Movimento Brasil Livre, os três principais que articularam os protestos. Os protestos tiveram um caráter pacífico, ao contrário dos ocorridos em junho de 2013, ocasião em que foram registrados vandalismo e confrontos entre policiais e manifestantes.
Apesar disso, a polícia do Distrito Federal lançou bombas de efeito moral para dispersar um pequeno grupo de manifestantes que lançaram pedras na direção de policias na Esplanada dos Ministérios após o final da manifestação em Brasília. Ao menos uma pessoa ficou ferida.
Em São Paulo, policiais militares prenderam integrantes do grupo chamado Carecas do Subúrbio no vão livre do MASP, na Avenida Paulista em São Paulo. Eles estavam carregando fogos de artifício, pistola de choque e gás pimenta durante a manifestação.
Outro episódio violento ocorreu em Jundiaí (SP. A sede do diretório do PT da cidade foi atacada neste domingo (15). Uma bomba de coquetel molotov foi lançada no prédio do partido, nesta tarde, após as manifestações contra o governo.
A Polícia Militar informou que o ataque foi de vândalos e que o incêndio não chegou a atingir todo o prédio. Uma perícia está sendo feito no local. Bombeiros foram acionados e também confirmaram que as chamas foram controladas, mas destruíram parte do imóvel.
A manifestação contra o governo Dilma Rousseff na orla de Copacabana, zona sul do Rio começçou na manhã do domingo. Reuniu 15 mil pessoas pessoas e foi marcada por pedidos de impeachment e de basta à corrupção. O MBL (Movimento Brasil Livre) recolheu assinaturas para protocolar o pedido de impeachment. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi assediado e também vaiado ao ser impedido de discursar.
Os manifestantes caminharam do posto 5 até o Hotel Copacabana Palace, onde, por volta das 12h30, o ato se dispersou.
Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (15) na Candelária, no centro do Rio, para um novo protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Por volta das 14h45, policiais militares estimavam que 2.000 manifestantes participavam do ato. Grupos presentes no ato defendem a intervenção militar. Por volta das 16h30, o grupo passou a caminhar pela pista central da avenida Presidente Vargas, sentido Central do Brasil, acompanhado de policiais militares.
Diante do Comando Militar do Leste, localizado na avenida, os manifestantes exaltaram o Exército e cantaram o Hino Nacional. O ato se dispersou por volta das 17h30 na Central do Brasil. Manifestantes ainda fizeram uma oração em memória ao cinegrafista Santiago Andrade, que morreu após ser atingido no ano passado por um rojão durante protesto
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