segunda-feira, 20 de maio de 2013
Em Aquiraz, no Ceará,
dona Tarcília Bezerra construiu uma expansão de seu cabaré, cujas
atividades estavam em constante crescimento após a criação de seguro
desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsas.
Em resposta, a Igreja
Universal local iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com
sessões de oração em sua igreja, de manhã, à tarde e à noite.
O trabalho de ampliação e
reforma progredia célere até uma semana antes da reinauguração, quando
um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas e provocando
um incêndio que destruiu o telhado e grande parte da construção.
Após a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja passaram a se gabar "do grande poder da oração".
Então,Tarcília processou
a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que eles
"foram os responsáveis pelo fim de seu prédio e de seu negócio"
utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta e das ações ou
meios.”
Na sua resposta à ação
judicial, a igreja, veementemente, negou toda e qualquer
responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício.
O juiz a quem o processo foi submetido leu a reclamação da autora e a resposta dos réus e, na audiência de abertura, comentou:
- Eu não sei como vou decidir neste caso, mas uma coisa está patente nos autos:
Temos aqui uma
proprietária de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e
uma igreja inteira declarando que as orações não valem nada!
Fonte: Caue Rodrigues
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