De acordo com físicos, é possível que dentro três ou quatro meses o Sol inverta o seu campo magnético.
Isso poderia interferir no clima terrestre, provocando tempestades e interrupção de satélites.
Este evento solar
acontece apenas a cada 11 anos, e é conhecido como Máxima Solar.
Durante este pico de atividade que envolve explosões de energia, a
quantidade de raios cósmicos e ultravioletas tende a aumentar
consideravelmente vindo em direção a Terra. Esse fato poderá interferir
nas comunicações de rádio e afetar a temperatura do planeta.
“Esta mudança terá um efeito cascata em todo o sistema solar”, disse o físico solar Dr. Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford.
A
última Máxima Solar registrada aconteceu em 2000, e a NASA previa que o
próximo evento aconteceria entre 2011 e 2012. Os físicos também
advertiram que dessa vez a Máxima Solar poderia ser bem mais forte.
Estes
raios podem afetar a ionosfera da Terra, uma região da atmosfera
superior. Dr. Phil Scherrer, físico solar de Stanford, explicou que
durante uma reversão os campos magnéticos polares do Sol perdem força e,
em seguida param todos juntos antes de inverterem-se.
Antigamente, as explosões solares já
haviam causado problemas: blecautes, explosão em transformadores e
queima na fiação de uma rede de telégrafos nos EUA. Isso ocorreu em uma
época onde ainda não se utilizava e não se dependia tanto de aparelhos
eletrônicos. Hoje, o prejuízo pode ser bem maior. Se alguns satélites de
comunicação forem destruídos, por exemplo, ficaríamos sem internet,
televisão e telefone temporariamente.
Essa
não é a única preocupação que teríamos. Além disso, existe o risco
dessa carga elétrica interferir nos sistemas de navegação e de
comunicação das aeronaves, já que os aviões quando possuem uma rota que
vai da Ásia à América do Norte, percorrem o Polo Norte, em uma tentativa
de economizar tempo e combustível. O problema é que durante as
tempestades solares, ambos os polos da Terra são as áreas que mais
recebem energia.
No
espaço, este evento também pode afetar os raios cósmicos, que são
partículas que viajam quase à velocidade da luz, sendo perigosos para os
astronautas e estações espaciais.
O
Observatório Solar Wilcox continua acompanhando as mudanças, e se
prepara para lançar prontamente uma indicação mais concreta de quando
exatamente esta reversão solar ocorrerá.
Jornal Ciência
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