O primeiro debate entre os candidatos à Presidência, realizado na noite desta terça-feira na TV Bandeirantes, foi marcado mais pela troca de críticas entre os presidenciáves que pela discussão de propostas e programas de governo.
Com sete candidatos à mesa - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB) –, os presidenciáveis contaram com pouco tempo para desenvolver ideias e tiveram suas intervenções limitadas às perguntas que lhes eram direcionadas por jornalistas e os demais competidores.
Temas como educação e saúde quase não foram abordados pela maioria dos presidenciáveis.
Com sete candidatos à mesa - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB) –, os presidenciáveis contaram com pouco tempo para desenvolver ideias e tiveram suas intervenções limitadas às perguntas que lhes eram direcionadas por jornalistas e os demais competidores.
Temas como educação e saúde quase não foram abordados pela maioria dos presidenciáveis.
Principais alvos
Dilma e Marina, que lideram as pesquisas de intenção de votos, foram os principais alvos dos demais candidatos.
Grande parte das críticas a Dilma, que busca a reeleição, partiram de Aécio e tiveram como foco o desempenho econômico de seu governo. A presidente deve fechar seu mandato com a menor média anual de crescimento econômico desde o governo Fernando Collor de Mello (1990-1992).
O candidato tucano fez de sua posição em relação à economia o principal mote de sua participação. Ele disse que a política econômica "não comporta novas aventuras ou improviso" e que seu governo seguiria o caminho da "segurança, responsabilidade, transparência fiscal e previsibilidade".
Ele afirmou que a inflação no Brasil está descontrolada, criticou Dilma por denúncias recentes de irregularidades na Petrobras e por sua gestão no setor elétrico. Aécio disse que, no governo do PT, "a indústria foi sucateada" e teve sua participação na economia nacional reduzida à que tinha nos anos 1950, no governo de Juscelino Kubitschek.
O tucano anunciou que, se eleito, nomearia o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda.
Dilma e Marina, que lideram as pesquisas de intenção de votos, foram os principais alvos dos demais candidatos.
Grande parte das críticas a Dilma, que busca a reeleição, partiram de Aécio e tiveram como foco o desempenho econômico de seu governo. A presidente deve fechar seu mandato com a menor média anual de crescimento econômico desde o governo Fernando Collor de Mello (1990-1992).
O candidato tucano fez de sua posição em relação à economia o principal mote de sua participação. Ele disse que a política econômica "não comporta novas aventuras ou improviso" e que seu governo seguiria o caminho da "segurança, responsabilidade, transparência fiscal e previsibilidade".
Ele afirmou que a inflação no Brasil está descontrolada, criticou Dilma por denúncias recentes de irregularidades na Petrobras e por sua gestão no setor elétrico. Aécio disse que, no governo do PT, "a indústria foi sucateada" e teve sua participação na economia nacional reduzida à que tinha nos anos 1950, no governo de Juscelino Kubitschek.
O tucano anunciou que, se eleito, nomearia o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda.
Comparação com FHC
Em diversos momentos, a presidente defendeu-se das críticas de Aécio e de outros candidatos comparando a gestão do PT na Presidência à do PSDB (1995-2003). Ela disse que, em momentos de crise, o governo do PSDB "cortou salários e deu tarifaços".
"O governo do PSDB quebrou o Brasil três vezes", disse a presidente. Ela criticou o governo FHC por ter buscado um empréstimo do FMI (Fundo Monetário Internacional) que, em contrapartida, exigiu duro corte de despesas orçamentárias.
"Geramos mais empregos no meu governo do que vocês (PSDB) em oito anos", disse Dilma.
A presidente fez várias menções a programas de seu governo, entre os quais os Mais Médicos, o Ciências sem Fronteiras e o Pronatec, e disse ter se empenhado na aprovação pelo Congresso da destinação de 75% dos royalties do pré-sal para a educação e 25% para a saúde.
Disse ainda ter investido R$ 143 bilhões na expansão de redes de transporte coletivo "para melhorar a vida nas médias e grandes cidades" e voltou a defender proposta apresentada durante os protestos de junho de 2013, quando pregou a convocação de um plebiscito para votar uma reforma política no país. Ela não detalhou a proposta.
'Brasil cinematográfico'
Contrariando previsões de que fugiria do embate direto com os adversários, Marina fez duras críticas ao governo Dilma. Ao comentar a fala da presidente sobre as demandas dos protestos de junho de 2013, ela criticou a resposta de Dilma às manifestações e os arranjos para a composição de sua coalizão eleitoral.
"Este Brasil que a presidente Dilma acaba de mostrar, esse Brasil colorido, quase cinematográfico, não existe na vida das pessoas que continuam paradas no meio do trânsito, nas pessoas que vivem situação de descrédito porque a reforma política virou troca de ministros em troca de tempo de TV", disse Marina.
A ex-senadora ainda a criticou Dilma por, na sua opinião, caracterizar-se mais como gestora do que como líder política. Segundo a candidata do PSB, tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não tinham características gerenciais mas fizeram governo melhor que o de Dilma.
Marina também criticou Aécio ao dizer que o tucano omitia de suas declarações a respeito de seu governo em Minas a situação no vale do Jequitinhonha, a área mais pobre do Estado. Segundo a candidata, os estudantes da região "vivem as penúrias de um Estado que não valorizou a educação".
Aécio disse ter criado em seu governo em Minas metas de avaliação para professores e aprovado um 14º salário para os profissionais, valorizando a carreira.
A candidata parecia empenhada em rejeitar a visão de que sua militância na área ambiental seria incompatível com o desenvolvimento econômico do país.
Ela lembrou sua atuação à frente do Ministério do Meio Ambiente, no governo Lula, quando autorizou a concessão de licenças para quatro grandes obras: as usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, a transposição do rio São Francisco e a BR-163, entre Cuiabá e Santarém (PA).
"Quero que tenhamos nova visão de desenvolvimento: em vez de fazer luta para produzir utilizando mais recurso, que utilizemos cada vez menos para produzir cada vez mais." BBC Brasil
Contrariando previsões de que fugiria do embate direto com os adversários, Marina fez duras críticas ao governo Dilma. Ao comentar a fala da presidente sobre as demandas dos protestos de junho de 2013, ela criticou a resposta de Dilma às manifestações e os arranjos para a composição de sua coalizão eleitoral.
"Este Brasil que a presidente Dilma acaba de mostrar, esse Brasil colorido, quase cinematográfico, não existe na vida das pessoas que continuam paradas no meio do trânsito, nas pessoas que vivem situação de descrédito porque a reforma política virou troca de ministros em troca de tempo de TV", disse Marina.
A ex-senadora ainda a criticou Dilma por, na sua opinião, caracterizar-se mais como gestora do que como líder política. Segundo a candidata do PSB, tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não tinham características gerenciais mas fizeram governo melhor que o de Dilma.
Marina também criticou Aécio ao dizer que o tucano omitia de suas declarações a respeito de seu governo em Minas a situação no vale do Jequitinhonha, a área mais pobre do Estado. Segundo a candidata, os estudantes da região "vivem as penúrias de um Estado que não valorizou a educação".
Aécio disse ter criado em seu governo em Minas metas de avaliação para professores e aprovado um 14º salário para os profissionais, valorizando a carreira.
A candidata parecia empenhada em rejeitar a visão de que sua militância na área ambiental seria incompatível com o desenvolvimento econômico do país.
Ela lembrou sua atuação à frente do Ministério do Meio Ambiente, no governo Lula, quando autorizou a concessão de licenças para quatro grandes obras: as usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, a transposição do rio São Francisco e a BR-163, entre Cuiabá e Santarém (PA).
"Quero que tenhamos nova visão de desenvolvimento: em vez de fazer luta para produzir utilizando mais recurso, que utilizemos cada vez menos para produzir cada vez mais." BBC Brasil
Publicado por Francisco Evangelista
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