sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Canibalismo: adolescente suspeito de mutilar e comer pedaços do corpo da mãe

 

O adolescente de 16 anos suspeito de agredir e comer pedaços do corpo da própria mãe, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, passará por exames para saber se sofre de doença mental.
Segundo o delegado Luiz Jorge Rodrigues, da Delegacia da Posse (58ª DP), o rapaz foi apreendido e encaminhado para uma instituição de recuperação de menores de idade. Caso seja comprovado que ele é doente mental, deve ser internado pelo Estado em uma clínica psiquiátrica, onde pode permanecer até completar 21 anos de idade.
Cristiane dos Santos Simplício, de 30 anos, foi levada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, onde permanece internada em estado grave.
Mãe e filho estavam nus
Segundo testemunhas, o jovem fugiu de casa por volta das 20h. A mãe foi atrás dele e o localizou em um quarto abandonado, onde ocorreram as agressões. Vizinhos ouviram os gritos e chamaram a polícia. No momento em que foi socorrida, de acordo com o delegado, a vítima só conseguiu dizer que o agressor era seu filho e que teria problemas mentais.
— A cena foi deplorável. Na verdade, os PMs foram atrás de uma informação de que um filho bateu na mãe. Quando eles entraram no quarto, viram o filho pelado, a mãe pelada, ele grudado nela e comendo, mastigando o dedo da mãe literalmente. Eles tentaram soltar o filho e viram que realmente o olho da mãe estava pendurado, um dos olhos estava pendurado, o outro olho furado, a testa com retalho, a perna, o seio dilacerado, ou seja, muito machucada.
Dependência química
Psiquiatras que analisaram o caso disseram que esse tipo de ataque é raro entre os doentes mentais. Para especialistas, também é possível que o rapaz seja dependente químico. O psiquiatra Miguel Chalub diz que as mães costumam ser os alvos mais comuns.
— Quando um doente mental comete uma violência, ele não sai pela rua agredindo as pessoas. Não é assim que acontece. Ele vai agredir aquelas pessoas que têm contato com ele, pois são as pessoas que reprimem, que controlam, são as pessoas que exigem e não compreendem as coisas. Eles acabam agredindo como se fosse um ato de libertação, para se livrar um pouco da opressão que estão sendo vítimas, do controle que estão sendo vítimas. E a mãe, quase sempre, é a que mais faz esse papel. (R7)


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