sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Aeroportos de Pernambuco receberão investimentos federais



Ao todo, serão destinados R$ 216,8 milhões para terminais do Estado

Aeroporto de Caruaru está entre os que receberão o investimento / Foto: Bira Nunes/JC Imagem

Aeroporto de Caruaru está entre os que receberão o investimento

O Governo anunciou nesta quinta-feira (20) um amplo programa de investimentos em aeroportos. O conjunto de medidas pretende melhorar a infraestrutura e a qualidade dos serviços aeroportuários no Brasil, bem como ampliar a oferta de transporte aéreo. Para a aviação regional, estão previstos investimentos de mais de R$ 7,3 bilhões numa primeira etapa do plano. Ao todo, 270 aeroportos serão contemplados, sendo nove deles em Pernambuco: Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Araripina e Petrolina, além de Fernando de Noronha, num total de R$ 216,8 milhões.
O aporte previsto para todo o Nordeste é de R$ 2,1 bilhões, em 64 aeroportos. Para o Norte, estão previstos R$ 1,7 bilhão, em 67 terminais; para o Centro-Oeste, serão R$ 924 milhões, em 31 pontos; o Sudeste ficará com R$ 1,6 bilhão, em 65 locais; e o Sul, com R$ 994 milhões, para 43 aeroportos. Os recursos serão provenientes do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).
As medidas, segundo o ministro da Secretaria de Aviação Nacional, Wagner Bittencourt, vão agregar novos terminais à rede aérea regular, aumentando o número de rotas operadas pelas empresas do setor. O objetivo é também fomentar rotas de baixa e média densidades de tráfego, de modo que 96% da população esteja a menos de 100 quilômetros de distância de um aeroporto apto a receber voos regulares.
O próximo passo é estudar o que cada terminal receberá, através de um diagnóstico da infraestrutura e da gestão dos aeródromos. Depois será elaborado um programa de necessidades de investimento, de projetos conceituais e termos de referência de equipamentos. Os recursos englobarão melhoria, reaparelhamento, reforma e expansão da infraestrutura, tanto em instalações físicas quanto em equipamentos. Os investimentos pode ser, por exemplo, na reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios, revitalização de sinalizações e pavimentos, entre outras possibilidades.
Os critérios para análise serão baseados em características como volume de passageiros e de cargas, voos regulares e resultados operacionais, além do aspecto socioeconômico da localidade, o nível de acessibilidade na Amazônia Legal e o potencial turístico e de fomento da integração nacional. As ações fazem parte do Programa de Investimentos em Logística, lançado em agosto deste ano para os setores ferroviários e rodoviários e, no início de dezembro, também para a área portuária.
Na opinião do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefani Monteiro, a falta de linhas aéreas regulares impede um maior desenvolvimento do interior. Com exceção de Petrolina, que possui voos regulares, outras localidades enfrentam um gap. “Tempo, mais do que nunca, é dinheiro. Um empresário de São Paulo, por exemplo, que queira ir a Arcoverde precisa enfrentar o voo até o Recife e mais algumas horas de estrada, um deslocamento que muitas vezes não conta nem com sinal de celular”, analisa.
O secretário de Turismo, Alberto Feitosa, faz uma ressalva: “Do ponto de vista do turismo, todo investimento é bem-vindo. Mas defendo que esse dinheiro poderia ser também aplicado em outras frentes que impactassem no fluxo de turistas, como restauração de prédios público, pavimentação, ampliação de centros de eventos. Também acredito que é preciso, antes de mais nada, uma definição da malha aérea no Nordeste. É um ponto essencial”.Fonte:JC  Online

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