O ministro Joaquim Roa
Burgos, da Emergência Nacional do Paraguai, está visitando o Agreste
pernambucano, a fim de obter informações sobre o combate à seca no
semiárido. O representante e a delegação daquele país visitaram
Pesqueira na ultima quarta-feira (22). No Sítio Barreiras, eles têm
contato com tecnologias sociais como cisternas de placas e calçadão,
barragem subterrânea, barreiro de trincheira, além da “barraginha”. A
comitiva visitou Buíque na terça (21).
Estes são resultados de ações da Diocese de Pesqueira junto
à Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) e à Fundación Avina. As
experiências do Agreste serão levadas e possivelmente aplicadas pelo
governo paraguaio em 60% do território do país, onde a população sofre
devido à seca. “Nós estamos tentando encontrar uma solução a médio prazo
que seja definitiva para as comunidades da região do Chaco Paraguaio,
tanto indígenas e latinas que sofre horrores com a seca que se dá a cada
ano”, contou o ministro.
O diretor nacional de
Saneamento do Paraguai, Celso Ayala, também acompanhou a delegação. Ele
ressaltou que, no Brasil, há muitos lençóis freáticos de água potável,
diferentemente dos paraguaios, cuja maioria é de água salobra. Outra
situação que ele veio averiguar é a do destina de dejetos de banheiros
na zona rural.
No Sítio Cafundó, em
Buíque, o agricultor Manoel de Araújo relatou à delegação que
dificilmente chove no lugar, porém, mostrou as plantações de maracujá,
macaxeira e outros vegetais que cultiva para o sustento da família. Isto
é possível graças ao armazenamento de água em uma cisterna ligada ao
telhado da casa, que acumula 16 mil litros, e à cisterna-calçadão, com
capacidade para 52 mil litros, bem como de um poço de 36m de
profundidade.
A organização do
agricultor com a comunidade também é atrativo para o país vizinho.
“Vamos tentar levar o senhor Manoel para o Paraguai, para replicar a
experiência”, disse o ministro Roa Burgos. Para o produtor rural, ajudar
as comunidades do Chaco “é um prazer”.
A coordenadora executiva
Neilda Pereira, da ASA, diz que a aplicação dos projetos chama a
atenção por conta da "metodologia e capacidade de discutir o semiárido
como uma região de homens e mulheres que querem viver aqui, mas, viver
com dignidade".
Com informações do G1
Por Buíque & Cia
Região se assemelha ao semiárido e população sofre devido à seca. (Foto: Reprodução/ TV Asa