sábado, 5 de abril de 2014

Aos 66 anos, morre o ator José Wilker



O ator, diretor e crítico de cinema José Wilker morreu neste sábado, aos 66 anos. De acordo com as primeiras notícias, ele teve um infarto em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, conforme adiantou a coluna de Ancelmo Gois. Segundo amigos, a família ainda tentou levá-lo para o Hospital Samaritano, mas ele não resistiu.

Um dos artistas mais atuantes da televisão, do teatro e do cinema brasileiros, Wilker pôde ser visto recentemente na novela "Amor à vida" como o médico Herbert. Também era conhecido do público como crítico de cinema, comentando a cerimônia do Oscar e fazendo comentários sobre os filmes na Globonews. E ainda teve atuação política, presidindo a RioFilme por alguns anos.

Cearense de Juazeiro do Norte, começou trabalhando como locutor de rádio. Aos 19 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Chegou a estudar Sociologia, mas abandonou o curso para se dedicar definitivamente ao teatro. Fez sua estreia no cinema no filme "A falecida", em 1965, apesar de seu nome não ter aparecido nos créditos. Foi naquele ano também sua participação na montagem teatral de "Perto do coração selvagem", obra de Clarice Lispector.

Foram muitos os personagens populares de Wilker no cinema - ele atuou em 49 filmes - e na televisão. Em "Dona Flor e seus dois maridos", de 1976, inspirado no romance de Jorge Amado, ele imortalizou o personagem Vadinho, uma de suas atuações mais memoráveis.

Sua primeira novela foi "Bandeira 2", em 1971. O ator marcou presença também em séries e minisséries como "Anos Rebeldes" (1992); "Agosto" (1993); e "A Muralha" (2000), além de "JK", em 2006, em que interpretou o presidente Juscelino Kubitschek.

O ator deixa duas filhas: Isabel, com a atriz Renée de Vielmond, e Mariana, fruto da relação com a também atriz Mônica Torres. O Globo

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