sábado, 21 de setembro de 2013

Greve cresceu e 70% dos bancários de Pernambuco aderiram a greve

A greve nacional dos bancários cresceu nesta sexta-feira 20, em Pernambuco, e atingiu 375 das 602 agências do estado e todos os prédios administrativos dos bancos públicos e privados (veja quadro abaixo). Ao todo, cerca de 70% dos 12 mil bancários pernambucanos cruzaram os braços neste segundo dia de paralisação e fortaleceram ainda mais o movimento. Nos bancos públicos, a greve atingiu 90% dos funcionários, enquanto nos privados a paralisação chegou a 30%.

Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a greve deste ano chegou ao segundo dia no mesmo patamar de paralisação do ano passado. “Começamos a greve nesta quinta-feira (dia 19) com uma quantidade de agências fechadas ligeiramente menor que na greve do ano passado. Mas já no segundo dia conseguimos chegar ao nível da paralisação de 2012 e a tendência é que mais bancários engrossem o movimento na segunda-feira. Com isso, a greve em Pernambuco deve superar a de 2012 e se consolidar como uma das maiores dos últimos anos”, diz Jaqueline.

Para a dirigente, os bancários estão de parabéns pela greve construída nesses dois dias. “Agora, é manter o pique e fortalecer ainda mais a greve na segunda-feira, principalmente nos bancos privados. Só uma greve forte vai quebrar a intransigência dos bancos, garantir a retomada das negociações e o atendimento das nossas reivindicações”, diz Jaqueline.

Entre as principais reivindicações dos bancários para a Campanha deste ano está o reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%). Os trabalhadores também querem uma PLR (participação nos lucros e resultados) de três salários mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21 (equivalente ao salário mínimo do Dieese); auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral; mais contratações e o fim das demissões para melhorar o atendimento; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) em todos os bancos; auxílio-educação para graduação e pós-graduação; mais segurança; e igualdade de oportunidades com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Depois de quatro rodadas de negociações, os bancos apresentaram uma proposta que prevê reajuste de 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc); PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94; e parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários. A proposta da Fenaban não atende a nenhuma reivindicação dos bancários e foi recusada em assembleias realizadas pelos sindicatos em todo o país. As negociações com os bancos estão paradas desde o dia 5 de setembro. 
 
Fonte: Seec PE

Do Sindicato dos Bancário

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